sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Um toque de Neon




Às vezes curtas, às vezes longas, quadradas ou redondas, verdadeiras ou postiças. Tudo isso não importa quando o assunto são as unhas. O segredo está em tê-las sempre bem feitas e bem pintadas. As grandes marcas de esmaltes estão apostando nos tons mais fortes, coloridos e vibrantes. O verão 2013 trás em seu carro chefe o Neon, isso mesmo, aqueles famosos tons da caneta marca texto que alegra qualquer look. Amarelo, laranja, verde ou Pink, a ideia é não ser discreta.

Aposte também nas roupas com muita luminosidade, maquiagem, bolsas, acessórios, biquines, esse tá com tudo! Mas independente de tudo está na moda, cuidado para não cometer alguns excessos, caso contrário, você poderá poluir o visual e virar o centro das atenções de uma forma negativa. Sempre que optar pelos tons Neon, escolha peças para combinar de cor neutra.

Auto do Salão do Automóvel


           Carros, pedestres, ciclistas, guardas de trânsitos e motoristas são os personagens principais do Auto do Salão do Automóvel, encenado pelos atores Alexandre Guimarães, Evandro Lira, Roger Bravo, Stella Maris e Zé Ramos na arena do palco do teatro Hermilo Borba Filho, com direção de Kléber Lourenço. Na caótica São Paulo da década de 60, os personagens contam suas angústias e anseios diante das transformações urbanísticas da maior metrópole brasileira. Escrito em 1969 por Osman Lins, o Auto do Salão do Automóvel, é uma das três peças que compõe o livro Santa, Automóvel e Soldados.

           O mais interessante, é que mesmo após 43 anos, o trabalho relata de forma precisa a realidade vivida hoje. As mudanças comportamentais da população que crescia desordenadamente e desumanizava-se, o caos do trânsito, o consumismo exacerbado são uns dos fortes pontos tratados na peça. Acabamos por nos aproximar mais na obra de Osman Lins ao observamos também um pouco de nós nos personagens. A mobilidade urbana e a taxação de impostos, por exemplo, são assuntos frequentes no cotidiano recifense tratado de forma fidedigna na peça. 

            Uma das cenas que poderiamos destacar no Auto é a parte na qual um dos guardas de trânsito é questionado sobre as múltiplas lembranças que as cores dos semáforos o lembram. Observamos uma mistura de sensações que em parte são reflexo do consumismo selvagem e do ritmo acelerado estabelecido no fortalecimento do capitalismo, principalmente na segunda metade do século 20. 



        É a segunda vez que o Auto do Salão do Automóvel é apresentado, a primeira encenação foi realizada pelo Teatro Popular do Nordeste (TPN). A peça faz parte do projeto Transgressão em 3 atos, que propõe pesquisar e representar três importantes grupos teatrais pernambucanos, os escolhidos foram o Teatro Hermilo Borba Filho (THBF), TPN e Vivencial Diversiones. A primeira montagem do projeto Trangressão em 3 atos foi o espetáculo Os fuzis da senhora Carrar, apresentado na década de 70 pelo THBF.

         Para os que ainda não tiveram oportunidade assistir a peça, ela estará em cartaz até dia 21 de outubro, aos sábados e domingos, as 18h. A entrada custa R$10 inteira e R$5 meia. Mais informações estão disponíveis pelo telefone (81) 3424.5429.



Video sobre o Auto:




segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Lançamento do Livro do Bispo Edir Macedo reune fiéis na livraria cultura





          Conhecido por ter fundado a Igreja Universal do Reino de Deus, o bispo carioca Edir Macedo agora protagoniza mais uma empreitada: o lançamento do livro “Nada a Perder”, do co-autor e vice-presidente da Rede Record, Douglas Tavolaro. Mas até chegar ao campo religioso, a trajetória do bispo – tido como um dos maiores empresários do país – assina a passagem pela academia, além da atuação no funcionalismo público e na área científica.
       O lançamento do livro ocorreu na última terça-feira (09) na Livraria Cultura, no Bairro do Recife Antigo. O evento contou com a participação de vários fiéis da igreja: aproximadamente 8 mil pessoas formaram uma enorme fila para conseguir um autógrafo de Douglas Tavolaro, o co-autor do livro, e do representante da igreja no estado, o bispo Emerson Carlos de Oliveira. O livro faz parte de uma trilogia que narra as experiências espirituais vividas pelo bispo - toda a sua trajetória de fé - e sua decisão por pregar pelo mundo sua fé.
       Além dos fieis, o evento contou também com a presença do Secretário de Defesa Social Wilson Damázio, que professa a mesma religião. Para ele o bispo é um exemplo a ser seguido. “Comprei o livro porque suas histórias e experiências são referência”, falou Wilson. Além desse tipo de literatura o secretário também informou que gosta de ler coisas relacionadas ao seu trabalho na Secretaria.Alguns dos fieis que estavam presentes foram entrevistados, e uma grande parte esperava na fila pelo o autografo a mais de 1h. Entre eles, a adolescente Esther Stefany, de 15 anos, que afirmou ter sido criada na igreja desde seu nascimento, contou que o livro do bispo tem muitas coisas boas para ensinar e, principalmente, porque está começando a vida agora.

       O lançamento, que contou com cerca de 7 mil cópias vendidas, ocorreu sem a presença de Edir Macedo, que mora fora do país e não pode comparecer para prestigiar o evento. A justificativa apontada foi a de que o líder da Igreja Universal do Reino de Deus estaria fora do país. Mas não a passeio. Em meados do ano de 2009, ele foi indiciado por lavagem de dinheiro por ter desviado doações de fiéis e aproveitado a isenção de impostos atribuída às igrejas. As informações passadas à imprensa dão conta de que a ausência do bispo pode ser creditada a um possível refúgio no exterior. Quando questionados sobre a importância da presença do bispo no evento, os fieis informaram saber e não deram tanta importância. Para eles, os representantes que ali estavam tinham a mesma relevância.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Centro de Artesanato de Pernambuco (Cape).


         No último dia 25, foi inaugurado o novo Centro de Artesanato de Pernambuco (Cape). Localizado no Marco Zero, centro do Recife, o espaço conta com 16 mil peças distribuídas em um ambiente de dois mil metros quadrados. São diversas esculturas e objetos em barro, cerâmica, madeira, couro, metal, tecido e até mesmo papel. Ao todo são mais de 500 artesãos de todas as regiões do Estado que expõem nas vastas prateleiras, seus trabalhos.

           O local que antes era um armazém abandonado é hoje o maior centro cultural de Pernambuco, visando apresentar para a população local e para os turistas, o artesanato da região. Em todas as peças, uma etiqueta informa o nome e o telefone para contato do artista que a produziu, o valor, e em algumas, o detalhamento do material usado na produção. “Esses artistas realizam um trabalho minucioso que merece ser valorizado”, justifico Céres Almeida, gerente geral do estabelecimento.


         O espaço, que teve um investimento de R$ 6,5 milhões, também conta com uma cafeteria, o restaurante Bistrô e Boteco, e uma sorveteria. Tudo isso banhado pela vista privilegiada do Porto da cidade. “Aqui é extremamente agradável. Abrange a todos. Seja para quem apenas quer conhecer o Centro, fazer um almoço ou jantar, tomar um sorvete, ou apenas apreciar a bela vista”, destacou a vendedora Marcela Vieira.

          A Cape é a primeira obra inaugurada do projeto de revitalização do Porto do Recife, realizada pelo Governo do Estado. Ainda estão em fase de construção um cinema, um teatro, um museu dedicado a Luiz Gonzaga e até mesmo um hotel. 

Serviço: Horário de funcionamento: Diariamente das 10:00 às 20:00




O universo fantástico de Liniers


      Um dos muitos sentimentos que a arte pode despertar nas pessoas é o de identificação. Essa proximidade entre artista e público é algo que, sem dúvida, o quadrinista argentino Ricardo Siri Liniers consegue provocar com seu traço por onde passa.

             A mostra Macanudismo, que traz ao Recife mais de 200 obras do artista, fica em cartaz na Caixa Cultural até o dia 2 de dezembro.  Por meio de tiras originais, pinturas, contos animados, vídeo, ilustrações e livros o público pernambucano poderá ter contato com o universo de Macanudo, palavra que em espanhol significa extraordinário, magnífico, excelente.  

        Crítica de costumes, humor, poesia e nonsense. Cada tirinha leva ao leitor uma reflexão sobre a vida de uma maneira pertinente, porém sensível e leve. No dia 30 de novembro, o argentino virá ao Recife palestrar sobre sua obra e participar de uma sessão de autógrafos da recém-lançada compilação em português, Macanudo 5.

           Nascido em Buenos Aires, nos anos 70, Ricardo Siri começou a fazer seus desenhos para fanzines. A publicidade ficou em segundo plano e logo Liniers estava com as suas tirinhas publicadas em revistas como Rolling Stone, Spirou e La Mano. Seus quadrinhos, cheios de personagens que vivem em harmonia, foram traduzidos para diversas línguas. 


Serviço:
A entrada é gratuita
O horário de visitação é de terça a sexta, das 12h às 18h. Sábados e domingos, das 10h às 18h. 
A Caixa Cultural Recife fica na avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Conheça a Lei Federal de Incentivo à cultura


Você conhece a Lei Rouanet?

           Um blog que fala de cultura tem que conhecer sua lei e seus direitos! Isso mesmo, temos direito à cultura e a cultura tem direitos. Pra quem ainda não sabe, existe uma Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313 de 23 de dezembro de 1991), conhecida também por Lei Rouanet. Essa lei institui políticas públicas para a cultura nacional, como o PRONAC - Programa Nacional de Apoio à Cultura. As diretrizes para a cultura nacional foram estabelecidas nos primeiros artigos, e sua base é a promoção, proteção e valorização das expressões culturais nacionais. 

          O grande destaque da Lei Rouanet é a politica de incentivos fiscais que possibilita as empresas (pessoas jurídicas) e cidadãos (pessoa fisíca) aplicarem uma parte do IR (imposto de renda) em ações culturais. O percentual disponível de 6% do IRPF para pessoas físicas e 4% de IRPJ para pessoas juridicas, ainda que relativamente pequeno permitiu que em 2008 fossem investidos em cultura, segundo o MinC (Ministério da Cultura) mais de R$ 1 bilhão.

           A lei surgiu para educar as empresas e cidadãos a investirem em cultura (Oba!), e inicialmente daria incentivos fiscais, pois com o benefício no recolhimento do imposto, a iniciativa privada se sentiria “estimulada” a patrocinar eventos culturais, uma vez que o patrocínio além de fomentar a cultura, valoriza a marca das empresas junto ao público. No entanto, a lei tem sido atacada, em vez de educar as empresas a investirem em cultura, ela tem “ajudado” a fazer propaganda gratuita. A crítica principal é que o governo, ao invés de investir diretamente em cultura, começou a deixar que as próprias empresas decidissem qual forma de cultura merecia ser patrocinada. 

E Rouanet, você sabe quem foi?

            Sergio Paulo Rouanet, esse é o nome. Diplomata, cientista político e ensaísta, nascido no Rio de Janeiro, em 23 de fevereiro de 1934, foi nomeado, no dia do seu aniversário de 1992 para a Cadeira n° 13 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, em 1955, nesse mesmo ano fez o curso de preparação à carreira diplomática no Instituto Rio Branco, do Itamarati. 

           Morou nos Estados Unidos de 1960 a 1964, onde fez cursos de pós-graduação em Economia, Ciências Políticas e em Filosofia. Doutorou-se em Ciência Política, pela Universidade de São Paulo, em 1980. Criou, em Berlim, o Instituto Cultural Brasileiro, inaugurado em setembro de 1995. Estreou no jornalismo cultural aos 20 anos, na época em que Reinaldo Jardim inventou o Suplemento Literário. E exerceu o cargo de secretário de cultura do presidente Fernando Collor, onde foi responsável pela criação da lei brasileira de incentivos fiscais à cultura, a chamada Lei Rouanet.

Cobertura do 9ª edição do No Ar Coquetel Molotov

A cada ano, uma nova surpresa e uma nova descoberta. Essa foi a mensagem do festival.

Fotos: Bruna Monteiro
      Aconteceu no último fim de semana a nona edição do festival No Ar Coquetel Molotov. Com incentivo cultural do Funcultura, o evento contou com atrações musicais e uma programação prévia estendida, que incluiu debates, feira cultural e a Mostra Play The Movie, que foi realizada no Cinema São Luiz, entre os dias 11 e 15 de setembro. A programação completa do festival reuniu workshops, shows, mostras de filmes e seminários. Além de debates sobre moda, consumo musical e produção de eventos que acontecem no auditório da Livraria Cultura.


           Nos dias 21 e 22 de setembro, o No Ar passou a ocupar o tradicional espaço do Centro de Convenções da UFPE, atraindo mais de quatro mil pessoas por noite, que conferiram as novidades dos expositores da Feira Cultural e os shows com atrações nacionais e internacionais. Como todos os anos, o festival reservou um espaço em sua programação para apresentar ao grande público algumas novidades da cena musical do Recife. Neste ano, a oportunidade chegou para as bandas Tagore, The First Corinthians e Os Sertões.

            Outras atrações pernambucanas ganharam destaque na programação, sendo nomes já reconhecidos nacionalmente a exemplo do pianista Vitor Araújo e do cantor Siba. Neste ano, o festival trouxe mais shows de lançamento de discos, uma vez que artistas como Lucas Santtana (BA) e Thiago Pethit (SP) apresentaram na ocasião o repertório de seus novos álbuns pela primeira vez no Recife. Aclamados grupos da cena independente nacional também vieram ao festival para tocar pela primeira vez na capital pernambucana, como o Garotas Suecas (SP) e o Madri (SP), formado por Marina Vello (ex-Bonde do Rolê) e Adriano Cintra (ex-CSS). Por fim, a cena de rock instrumental e experimental brasileira esteve bem representada no festival com shows dos grupos Galanga (MG) e ruído/mm (PR).

            Blonde Redhead (EUA), Yeti Lane (França), The Mary Onettes (Suécia) e Rain Machine (EUA) foram as atrações internacionais que o No Ar Coquetel Molotov trouxe ao país em sua nona edição. Encerrando o evento, o festival teve a honra de celebrar junto com o público recifense os quarenta anos do querido disco “Acabou Chorare”, dos Novos Baianos, eleito pelos críticos da revista Rolling Stone como o Nº 1 dos 100 Melhores Discos do Brasil. Quem comandou a festa foi o cantor Moraes Moreira, que chegou ao palco do Teatro da UFPE acompanhado de sua banda. O show comemorativo do disco “Acabou Chorare” foi realizado apenas em algumas cidades do sul do país e é a primeira vez que chega ao Nordeste.

Depoimentos sobre o festival:

Flora Vieira, 18, Estudante.

          “Finalmente tive a oportunidade de ir ao Coquetel Molotov, adorei os shows, Blonde Redhead foi sem dúvida uma grande descoberta pra mim, e um dos melhores shows da noite. Vitor Araújo mais uma vez encantou a todos com a sua intensidade e entrega ao tocar. Moraes Moreira era atração mais ansiosamente aguardada, com a comemoração dos 40 anos do Acabou Chorare, dos Novos Baianos,e extrapolou as

expectativas, emocionando todas as gerações presentes, e em sua maioria jovens, o que o fez, orgulhoso dizer: O mais bonito, é que quem ta comemorando os 40 anos do Acabou Chorare é a juventude brasileira, enquanto a gente fizer música ainda vai haver Brasil. Foi lindo!”

Osvaldo Paiva, 58, Engenheiro.

            "Eu gostei muito do festival, foi minha primeira vez e achei bastante animado. O show de Moraes Moreira foi sem dúvida o melhor da noite, o mais animado e o único que conseguiu lotar o teatro. Fiquei impressionado como os jovens sabiam cantar todas as músicas de uma banda que era da minha época, os Novos Baianos, inclusive quem me levou ao show foram os meus filhos. Foi realmente muito bom ver esse encontro da juventude atual com a da minha época."

Um pouco da história do festival

           De 2004 até hoje, o festival No Ar Coquetel Molotov percorreu uma gratificante trajetória. O festival, que nasceu no Recife em 2004, surgiu com a necessidade de se tornar um diferencial na região, primando por uma programação artística com shows de bandas novas e revelações. Esta sintonia entre público e produção fez com que o No Ar Coquetel Molotov tenha crescido gradativamente e tenha conseguido lotar a capacidade do local onde é realizado nos últimos anos.

           O festival já trouxe ao Recife grupos como Beirut (EUA), Nouvelle Vague (França), Dinosaur Jr (EUA), Guillemots (UK), Peter Bjorn and John (Suécia), Tortoise (EUA), e Teenage Fanclub (Escócia), além de muitos outros. Crescendo a cada ano, o festival se torna sucesso entre público e crítica não apenas por sua programação internacional, mas também pela diversidade de suas atrações locais e nacionais.

Incentivo: Funcultura, Fundarpe
Secretaria de Cultura de Pernambuco Apoio: 
Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco
Prefeitura do Recife
Consulado Geral da França
Institut Français
Bureau Export
Universidade Fora do Eixo
Fabrica Estúdios
Literato
7Arte
Mingus
TVU, MTV, Cepe, 
Livraria Cultura
Ray-Ban, Vice e Revista Continente 

Realização: Coquetel Molotov Produções