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A peça é dividida em duas partes, a realidade e um mundo imaginário. Diferente dos outros garotos de sua idade, Raimundo é alvo de chacota e humilhação por causa de sua característica peculiar, seus olhos de cor diferente e sua cabeça limpa e careca. Como fuga de seu tormento, o menino cria seu próprio mundo chamado de Tatipirum, onde todas as pessoas são iguais a ele. A história se mostra com um grande contraste de ambiente.
A vida de Raimundo se mostra pálida e apagada na realidade de seu cotidiano. Já em um mundo criado pela sua imaginação, a esperança aflora e uma infinita paz aparece, pois não existirá mais solidão para ele. O pequeno garoto careca começa a ser bem aceito no lugar em que ele está vivendo, explorando a liberdade e se conhecendo melhor. No novo e vasto mundo, ainda que imaginário, Raimundo se conforta em saber que ali ele pode ter as cores e os amigos que desejar. O figurino, criado por Java Araújo, acompanha as mesmas transições cenográficas, indo do simples e convencional ao criativo.
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Vivenciando o protagonista Raimundo, o ator e musico Samuel lira explica a importância que teve nesse papel: “É muito bom pra quem está fazendo e pra quem assiste. A peça possui um tema muito polêmico que antes não era abordado. Pessoas sofrem bulling na vida e se calam diante disso. A sociedade em que a gente vive determina padrões de beleza e estética. É através da peça que passamos uma mensagem muito importante sobre essa problemática”.
Foi através da musica e da encenação que a oportunidade apareceu para Samuel. “Através de outras experiências que tive por fora, o diretor Samuel Santos viu meu desempenho. Quando surgiu a vaga para o elenco, o diretor me chamou pra fazer a peça. Assim continuei me apresentando musicalmente em conjunto com a atuação teatral. A minha experiência como musico me ajudou porque fez com que eu conhecesse o espetáculo. Tive referencias de outros atores que atuaram comigo também musicalmente e eu já comecei fazendo algo que já gostava”, relatou o ator musicista.
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SERVIÇOS:
A terra dos meninos pelados, direção de Samuel Santos.
Sábados e domingos, às 16h30, no Teatro Barreto Júnior.
Ingresso: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
O Brasil é um país imenso, que possui cultura diversificada, mas, ao mesmo tempo, cheio de contrastes. Interessante um espetáculo abordar temas relevantes como a discriminação e a igualdade.
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